O Cérebro
O cérebro tem sistemas desenvolvidos para guiar o comportamento em direção a estímulos essenciais para a sobrevivência. Por exemplo, estímulos associados a comida, água e procriação ativam caminhos específicos e reforçam comportamentos que levam à obtenção desses objetivos.
O que as drogas fazem é ativar artificialmente os mesmos caminhos, só que de forma mais intensa do que o normal, levando a acentuação da motivação para repetir o comportamento. De acordo com essa teoria, a dependência seria o resultado de uma complexa interação dos efeitos psicológicos das drogas em áreas do cérebro associadas à motivação e emoção combinada com o "aprendizado" da relação entre as drogas e os estímulos relacionados a elas. Em humanos, o córtex pré-frontal é altamente desenvolvido para dar a capacidade de abstração e planejamento, assim como para associações de pensamentos e memórias.
A genética
Ainda que não tenha sido identificado um gene que determine o comportamento do dependente, diversos centros em todo o mundo estão estudando mutações em genes que possam explicar por que algumas pessoas têm mais propensão à dependência do que outras. Os dados mais fortes em relação a esse campo estão nos estudos com alcoolistas Hoje se sabe que o alcoolismo pode ser dividido em dois tipos: o não-familiar (tipo 1) e o familiar (tipo 2). Donaldo Goodwin, um dos maiores estudiosos do tema concluiu, ainda na década de 80, que para os casos de alcoolismo do tupo 2, a genética tinha um papel muito importante embora naquela época ainda não se conseguisse explicar muito por que isso ocorria.
O ambiente
Uma pessoa só se torna dependente de uma droga se consegue comprá-la. Quanto mais disponível é uma substância psicoativa, maior é o número de pessoas que irão utilizá-la até alcançar a dependência. Também se sabe hoje que em países com uma política liberal em relação ao consumo de drogas, tabaco e álcool têm maiores índices de dependência química.
O indivíduo
Crianças e adolescentes criados em cenários onde houve comprometimento da figura paterna têm mais propensão ao uso e à dependência de substâncias psicoativas. Estudos com dependentes de drogas, álcool e tabaco mostram que é muito freqüente a existência de doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar e transtornos de ansiedade entre os pacientes.
Problemas pessoais também afetam a vulnerabilidade de uma pessoa ao uso de substâncias psicoativas.
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