Antes de tudo os pais são um
exemplo para seus filhos. O que os pais fazem é muito mais importante do que o
que eles dizem. Assim, os filhos aprendem com os pais para que serve a droga
quando estes chegam em casa e tomam algum remédio para se tranqüilizarem e para
dormirem, ou ainda quando tomam uma dose de uísque para relaxar. Esta atitude
ensina aos filhos que, ao menor sinal de sofrimento e tensão, basta um
"remedinho", uma "cervejinha" ou um "cigarrinho"
para aliviar qualquer mal estar. Sem se darem conta, ensinam aos filhos que os
problemas podem ser resolvidos com a ajuda de uma substância ou de uma pílula
mágica. Portanto, uma “relação saudável” com as drogas é algo que crianças e
jovens podem aprender a partir dos hábitos de seus pais.
Além de serem um exemplo, os pais
podem esclarecer a sua posição a respeito do uso de álcool e outras drogas.
Algo que parece óbvio mas que deve ser sempre ressaltado, é a possibilidade de
dizer aos filhos que gostariam que eles não usassem drogas pois as consideram
um perigo para o bem estar deles. Cabe aos pais alertarem os jovens sobre os
riscos relacionados ao uso de drogas.
Os pais como qualquer adulto não
são necessariamente perfeitos. Desse modo, os filhos podem aprender com os
erros dos pais. Pais fumantes, por exemplo, podem falar sobre seu desejo de
parar e a dificuldade que encontram para isso. Assim, esses pais não precisam
saber tudo, e podem compartilhar com os filhos suas dúvidas e conflitos sobre o
tema e refletirem juntos. Outra atitude produtiva é conversar sobre as
inseguranças e os medos de suas própria adolescência. A possibilidade de
relembrar como era a juventude dos pais pode demonstrar que compreendem o
momento que o filho está vivendo, o que pode ajudá-lo a passar esta fase de
maneira mais tranqüila.
Além disso, é importante que os
pais incentivem seus filhos a terem atividades prazerosas e interessantes.
Estimular a criatividade deles para procurarem alternativas saudáveis em suas
vidas na busca de prazer e satisfação. Os pais precisam ter o hábito de
aproximarem-se de seu filho para elogiá-lo, valorizá-lo e reconhecerem seus
méritos e sucessos. Tal atitude não exclui a importância dos limites, da
repreensão ou mesmo da punição. O mais importante é que o jovem possa confiar
em seus pais para auxiliá-lo nos momentos de crise. Ele precisa se sentir amado
mesmo tendo imperfeições e dificuldades. Interessar-se pela sua vida, amigos, o
que faz na escola, nas festas e nas horas vagas, também é uma atitude
preventiva ao uso de drogas. Mas é preciso ter cuidado para que o interesse
natural não se torne um interrogatório no qual o jovem sinta que precisa ser
controlado e vigiado.