sábado, 29 de março de 2014

O que fazer no caso de suspeita do uso e abuso de SPA.


  • Ter uma conversa clara e objetiva com o jovem;
  • Não dramatizar, mas também não fingir que não vê
  • Procurar saber o verdadeiro envolvimento do jovem com a droga;
  • Procurar esclarecimento e orientação com profissionais afins e;ou locais especializados;
  • Lembrar que a dependência química é uma doença que atinge não só o usuário de drogas, mas todos os membros da família. Portanto todos precisam de tratamento;
  • Não buscar culpar amigos ou quem forneceu a droga, porque isso inocenta o consumidor;
  • Não ter preconceito com essa doença;
  • Não aceitar mentiras e manipulações da pessoa envolvida com a droga;
  • Não desenvolver a autopiedade.
Fonte - Cartilha Informativa Drogas &Alcool - Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEN - Caxias do Sul/RS)

quinta-feira, 27 de março de 2014

Porque uma pessoa se torna uma dependente?

Fatores de diferentes áreas contribuem para explicar o vício:

O Cérebro

O cérebro tem sistemas desenvolvidos para guiar o comportamento em direção a estímulos essenciais para a sobrevivência. Por exemplo, estímulos associados a comida, água e procriação ativam caminhos específicos e reforçam comportamentos que levam à obtenção desses objetivos.
O que as drogas fazem é ativar artificialmente os mesmos caminhos, só que de forma mais intensa do que o normal, levando a acentuação da motivação para repetir o comportamento. De acordo com essa teoria, a dependência seria o resultado de uma complexa interação dos efeitos psicológicos das drogas em áreas do cérebro associadas à motivação e emoção combinada com o "aprendizado" da relação entre as drogas e os estímulos relacionados a elas. Em humanos, o córtex pré-frontal é altamente desenvolvido para dar a capacidade de abstração e planejamento, assim como para associações de pensamentos e memórias.


A genética

Ainda que não tenha sido identificado um gene que determine o comportamento do dependente, diversos centros em todo o mundo estão estudando mutações em genes que possam explicar por que algumas pessoas têm mais propensão à dependência do que outras. Os dados mais fortes em relação a esse campo estão nos estudos com alcoolistas Hoje se sabe que o alcoolismo pode ser dividido em dois tipos: o não-familiar (tipo 1) e o familiar (tipo 2). Donaldo Goodwin, um dos maiores estudiosos do tema concluiu, ainda na década de 80, que para os casos de alcoolismo do tupo 2, a genética tinha um papel muito importante embora naquela época ainda não se conseguisse explicar muito por que isso ocorria.


O ambiente

Uma pessoa só se torna dependente de uma droga se consegue comprá-la. Quanto mais disponível é uma substância psicoativa, maior é o número de pessoas que irão utilizá-la até alcançar a dependência. Também se sabe hoje que em países com uma política liberal em relação ao consumo de drogas, tabaco e álcool têm maiores índices de dependência química.



O indivíduo

Crianças e adolescentes criados em cenários onde houve comprometimento da figura paterna têm mais propensão ao uso e à dependência de substâncias psicoativas. Estudos com dependentes de drogas, álcool e tabaco mostram que é muito freqüente a existência de doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar e transtornos de ansiedade entre os pacientes. 
Problemas pessoais também afetam a vulnerabilidade de uma pessoa ao uso de substâncias psicoativas.







sexta-feira, 21 de março de 2014

Participe do Grupo de Apoio as famílias do DJUF!


A importância da família na recuperação do dependente SPA

A família é fundamental para o sucesso do tratamento da dependência química. Pensar que tudo se resolverá a partir de uma internação ou após algumas consultas médicas é uma armadilha que não polpa a mais sincera tentativa de tratamento.
A dependência é um problema que se estruturou aos poucos na vida da pessoa. Muitas vezes, levou anos para aparecer. Muitas coisas foram afetadas: o desempenho escolar, a eficiência no trabalho, a qualidade dos relacionamentos, o apoio da família, a confiança do patrão, o respeito dos empregados. Como esperar, então, que algo presente na vida de alguém há tempo e que lhe trouxe tantos comprometimentos desapareça de repente? Quem decide começar um tratamento se depara com os sintomas de desconforto da falta da droga e, além disso, com um futuro prejudicado pela falta de suporte, que o indivíduo perdeu ou deixou de adquirir ao longo da sua história de dependência.

Porque a família é importante para o tratamento
Todos podem ajudar: o patrão, os amigos, os vizinhos, mas o suporte maior deve vir da família. As chances de sucesso do tratamento pioram muito quando a família não está por perto. Veja porque a família é tão importante:
1. O dependente muitas vezes não tem a noção completa da gravidade do seu estado. Por mais que deseje o tratamento, acha que as coisas serão mais fáceis do que imagina. Por conta disso, se expõe a situações de risco que podem leva-lo de volta ao consumo.
2. O dependente sente a necessidade de 'se testar', expondo-se a situações de risco para ver se seu esforço está valendo a pena. A família deve ajuda-lo estabelecendo com o dependente regras que ajudem a afasta-lo da recaída. Todo o tratamento começa com um mapeamento dos fatores e locais de risco de recaída. A família deve ajudar o dependente a evitar esses locais. Isso não deve ser feito de modo policial. Não se trata de fiscalizar. Trata-se, sim, de chamá-lo à reflexão e a responsabilidade sempre que esse, sem perceber ou se testar se expuser ao risco da recaída.
3. O dependente sente dificuldades em organizar novas rotinas para sua vida sem as drogas. O dependente de drogas precisa de apoio para superar as dificuldades e estabelecer um novo modo de vida sem drogas. Vários fatores interferem nessa tarefa. A pessoa pode estar fora do mercado de trabalho há muitos anos, desatualizada e sem contatos que lhe proporcionem voltar em curto prazo. Pode ter saído da escola muito jovem e agora está pouco qualificado para um bom emprego. Há dificuldade em se relacionar com as pessoas, agüentar as frustrações, saber esperar a hora certa para tomar a melhor atitude. A autocrítica do dependente por vezes é dura consigo mesmo. Deixa um clima depressivo e de fracasso no ar. Isso pode fazer com que os planos para o tratamento sejam deixados de lado.

4. A família no tratamento mostra que o diálogo ainda existe. A rotina da dependência química traz ressentimentos para todos. Muita roupa suja vai ser lavada. No entanto, é preciso entender que se trata de uma doença. Em um primeiro momento a motivação do dependente para a mudança e do apoio da família para mantê-lo motivado são importantíssimos. Isso demonstra que a família ainda é capaz de se unir, conversar e resolver seus problemas. Quando o momento de ir para o tanque chegar, todos estarão fortalecidos e o assunto será tratado com mais ponderação e menos emoção.


As reuniões do Grupo de Apoio a família e ex-internos ocorre nas Terças-feitas as 19:30h na Rua Tronca, nº 3333 no bairro Rio Branco - Caxias do Sul/RS - Nas dependências da Igreja do Evangelho Quadrangular no antigo clube Reno - Aguardamos sua participação!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Fazendo Biscoitos!

Aconteceu no DJUF a fabricação de biscoitos e doces para consumo. Uma verdadeira delícia que além de proporcionar aos internos uma atividade laboral, trouxe muita satisfação para quem pode apreciar os biscoitos feitos na Comunidade Terapêutica.