quinta-feira, 24 de abril de 2014

Fumar maconha apenas 1 vez por semana pode deformar cérebro.



O estudo teve o desafio de desmistificar o conceito de que o uso ocasional da droga não está associado a consequências ruins.

Fumar maconha ocasionalmente pode danificar estruturas centrais do cérebro, de acordo com um novo estudo divulgado pelo site Daily Mail. Segundo a pesquisa, usar a droga apenas uma ou duas vezes por semana pode afetar o tamanho e o formato de duas regiões cerebrais importantes, ligadas à emoção e à motivação.

Estudos anteriores, realizados com pessoas que fazem uso excessivo da maconha, mostraram que a droga pode de fato “reestruturar” o cérebro. No entanto, este é o primeiro experimento que mostra o efeito com usuários ocasionais. Especialistas da Harvard Medical School e da Northwestern University, de Chicago, analisaram a ressonância magnética de 20 usuários de maconha, com idades entre 18 e 25 anos. Eles compararam as imagens às de cérebros de pessoas que nunca fizeram uso da droga.

As maiores diferenças foram notadas em duas áreas: o núcleo accumbens e a amígdala, que são associados à motivação, às emoções e ao vício. No cérebro dos usuários, o núcleo accumbens apareceu muito maior, enquanto a amígdala se mostrou deformada. Segundo o professor Hans Breiter, o estudo teve o desafio de desmistificar o conceito de que o uso ocasional da droga não está associado a consequências ruins. “As pessoas acham que o uso recreativo não causa nenhum problema, mas nossos dados mostram que não é o caso”, reforça.

A co-autora do estudo, Anne Blood, de Harvard, diz que estas áreas cerebrais são de grande importância. “Elas formam uma base para que você avalie os aspectos positivos e negativos das coisas e tome decisão sobre elas”, pontua. Os resultados abrem novos caminhos para pesquisas que buscam examinar as ligações entre o uso de maconha e as doenças mentais. 

Fonte de pesquisa:
http://saude.terra.com.br/fumar-maconha-apenas-1-vez-por-semana-pode-deformar-cerebro,10865ff76cb65410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

domingo, 13 de abril de 2014

A quem interessa o consumo e o uso de drogas? Será que há algum benefício, alguém ganhando com o consumo e uso das drogas?


-         O consumo de drogas aumenta cada vez mais, mesmo quando se sabe que prejudica a saúde. Como se explica isso?
-         A quem interessa a desgraça dos jovens, que são os maiores consumidores?
-         Queremos trazer aqui algumas respostas a estas perguntas, e veremos que nem todo mundo, ou todas as pessoas estão interessadas e trabalhando por um mundo sem drogas, sem violência, sem dor.
-         Veremos que este é na verdade um problema moral que tem raízes socais, onde estão envolvidos os interesses de uma classe dominante. Pessoas que buscam além do seu próprio prazer e lucro para si também o poder e controle sob os seres humanos.

1.     Aspecto Pessoal:

O uso de drogas vem aumentando assustadoramente entre jovens e adolescentes da sociedade atual. Tal afirmação já não é mais novidade e muito menos requer grandes testemunhos, evidências, ou exemplos concretos. Basta simplesmente, que visitemos um dos centenas de centros de recuperação de alcoólicos e drogados que existem ao nosso redor.
-         Qual seria a razão de tantas pessoas, na flor da idade, comprometerem tão negativamente suas vidas? Entregarem-se tal facilmente ao vício.
-         Três razões básicas poderemos citar, entre outras:
-         1. Falta de motivação na vida (vazio de valores);
-         2. Deficiência na estrutura social (desemprego, injustiças sociais);
-         3. Falta de comunicação ou, na verdade, de seriedade em comunicar o grande e poderoso perigo que representam o uso e o consumo de qualquer tipo de drogas.
Segundo pesquisas realizadas nos últimos anos sobre o uso de drogas, o fator determinante do vício, de procura pelas drogas, é o desejo de liberdade, de prazer. Um elemento presente em todos os drogados é a sensação prazeirosa  (inicial) de extremo poder, imediato, quando sob efeito da droga.
-         “Eu me achava invunerável, inatacável quando usava drogas. Achava que a polícia nunca me pegaria. Pensava que poderia fazer o que quisesse que nada aconteceria. Acreditava ser superiorà morte”, declarou um drogado. Neste testemunho podemos constatar a enorme fantasia de poder e a invulnerabilidade da pessoa drogada.
- As pessoas que não conseguem realizar seus sonhos, muitas vezes
se voltam para as drogas, para realizá-los no seu mundo imaginário: “Sentia meus pensamentos muito velozes. Achava que não tinha problemas, porque era muito sadio, feliz, auto-suficiente, alguém poderoso”. Tal testemunho mostra como a droga serve aos poderosos, que querem que o povo tenha uma vida miserável, e ainda assim se veja como saudável e poderoso. Os drogados se tornam, com o passar do tempo e uso, robôs e marionetes dizendo “amém” a todas as restrições impostas, contanto que tenham garantido o seu mundo de fantasias.

2. ASPECTO SOCIAL:

         No aspecto social, o uso de drogas é uma forma de se manter no poder. Há um enorme interesse por parte do poder sócio-econômico em manter o povo completamente alienado, na idéia de que está “tudo bem”, “tudo jóia”, através do  incentivo do uso das drogas, da bebida. O viver se torna mais agradável, em especial com os amigos, do jeito que o diabo gosta.
         É interessante notar que o abuso de drogas se dá pela juventude, justamente os que ainda não se corromperam totalmente pelo poder sócio-econômico e que seriam os mais aptos a denunciar e se opor a toda injustiça, corrupção e pressões sociais e econômicas da sociedade atual.
         O povo, oprimido por leis injustas que só favorecem aos que têm dinheiro e poder social, numa atitude de fuga, acaba incorrendo no erro das drogas.
         Para garantir essa situação, há uma conspiração no sentido de incentivar o uso de drogas através dos meios de comunicação social, rádio, tv, revistas, jornais, filmes, livros.

3. ASPECTO MORAL:

A moral deve denunciar todos os fatores de extensão do fenômeno da droga em nossa sociedade. Atualmente, tanto na família, como na sociedade, não se tem mais tempo para a comunicação, a solidariedade , a liberdade, o respeito pela pessoa e pela vida. A insensibilidade a esses valores cria um clima favorável ao vício da droga.
É condenável moralmente o uso da droga, pois representa uma deterioração da saúde física e psíquica da pessoa, com a perda da liberdade e da autonomia. Ela afeta o desenvolvimento normal, prejudicando o aprimoramento de suas potencialidades. É um paliativo e não ajuda a pessoa a enfrentar e superar seus problemas de maneira consciente. A droga atinge a dignidade humana e representa um atentado contra a vida.
Quanto ao viciado, não podemos condená-lo moralmente, a princípio, pois é mais uma vítima de um sistema sócio-econômico-político que o leva a consumir drogas, do que alguém que faz uma busca livre e consciente. Devemos traçar um juízo moral sobre o tráfico de drogas que, no sistema vigente, é ótima fonte de renda. Muitos enriquecem pela desgraça da vida de outros. O próprio sistema se utiliza da proliferação das drogas como meio de neutralizar a potencialidade, o vigor da juventude para que não utilize esta força em vista de uma transformação crítica da sociedade. O tráfico de drogas é mantido na clandestinidade e os governos fazem questão que assim permaneçam, pois são os grandes beneficiados.
A nível social, é tarefa da moral denunciar as situações que levam as pessoas a buscar as drogas. É condenável todas situação que marginaliza a pessoa, não permitindo sua realização pessoal. Devemos encontrar meuios para eliminar a questão das drogas pela raiz, mantendo um controle rígido sobre elas e possibilitando, a cada pessoa, a sua realização pessoal, criando condições para que ela viva numa sociedade justa, fraterna e igualitária.

4. ASPECTOS ESPIRITUAIS:

Se todas as drogas matam, logo elas não vem de Deus e nem levam à Deus. Elas escravizam o ser humano, viciam, criam dependência. Enganam, destróiem não só a área física/orgânica, mas também a social e econômica. O dependente normalmente se afasta ou perde sua família. Não mais trabalha e nem busca viver de forma harmoniosa com sua própria existência e para a qual ele foi destinado a partir de Deus. De ter e viver uma vida em abundância, integral e realmente plena. As drogas afastam o homem de Deus, o tornam um semi-deus, fazendo com que o homem ignore totalmente sua posição de criatura, frágil e dependente do criador. Elas não aproximam e nem promovem a vida, a comunhão com Deus, pelo contrário.

Portanto, drogas num sentido geral nada mais é do que uma manifestação concreta dos sintomas da pecaminosidade humana. E como todo pecado nos separa de Deus, nos leva a morte, logo carecemos de um salvador. Que não só nos liberte de toda e qualquer droga, mas que nos capacite e nos possibilite a vivermos nossa vida, em meio a esse mundo corrompido e drogado, livre e longe das drogas. Independente dela, de forma sóbria e conscientes de nosso papel de sermos sal e luz num mundo em trevas.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O QUE É COCAÍNA E CRACK?

COCAÍNA, CRACK E MERLA





O que é ? A cocaína é uma substância natural, extraída das folhas de uma planta que ocorre exclusivamente na América do Sul: a Erythroxylon coca, conhecida como coca ou epadú , este último nome dado pelos índios brasileiros. A cocaína pode chegar até o consumidor sob a forma de um sal, o cloridrato de cocaína, o "pó", farinha" que é solúvel em água e, portanto, serve para ser aspirado ou dissolvido em água para uso endovenoso; ou sob a forma de uma base, o crack que é pouco solúvel em água mas que se volatiliza quando aquecida e, portanto, é fumada em "cachimbos". Também sob a forma de base, a merla (mela, mel ou melado) preparada de forma diferente do crack, também é fumada. Por apresentar um aspecto de "pedra" no caso do crack e "pasta" no caso da merla, não podendo ser transformado num pó fino, tanto o crack como a merla não podem ser aspirados como é o caso da cocaína pó, e por não serem solúveis em água também não podem ser injetados. Por outro lado, para passar do estado sólido ao de vapor quando aquecido, o crack necessita de uma temperatura relativamente baixa (95° C) o mesmo ocorrendo com a merla, ao passo que o "pó" necessita de 195° C. Por esse motivo o crack e a merla podem ser fumados e o "pó" não.
Há ainda a pasta de coca que é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases da separação de cocaína das folhas da planta quando estas são tratadas com álcali, solvente orgânico como querosene ou gasolina e ácido sulfúrico. Esta pasta contém muitas impurezas tóxicas e é fumada em cigarros chamados "basukos".
Quais são seus efeitos? Tanto o crack como a merla também são cocaína, portanto todos os efeitos provocados pela cocaína também ocorrem com o crack e a merla. Porém, a via de uso dessas duas formas (via pulmonar, já que ambos são fumados) faz toda diferença entre o crack e a merla e o "pó". Assim que o crack e a merla são fumados alcançam o pulmão, que é um órgão intensivamente vascularizado e com grande superfície, levando a uma absorção instantânea. Através do pulmão, cai quase imediatamente na circulação cerebral chegando rapidamente ao cérebro. Com isto, pela via pulmonar o crack e a merla "encurtam" o caminho para chegar ao cérebro, aparecendo os efeitos da cocaína muito mais rápido do que outras vias. Em 10 a 15 segundos os primeiros efeitos já ocorrem, enquanto que os efeitos após cheirar o "pó" acontecem após 10 a 15 minutos e após a injeção, em 3 a 5 minutos. Essa característica faz do crack uma droga "poderosa" do ponto de vista do usuário, já que o prazer acontece quase que instantaneamente após uma "pipada".
Porém a duração dos efeitos do crack é muito rápida. Em média duram em torno de 5 minutos, enquanto que após injetar ou cheirar, em torno de 20 e 45 minutos, respectivamente. Essa pouca duração dos efeitos faz com que o usuário volte a utilizar a droga com mais freqüência que as outras vias (praticamente de 5 em 5 minutos) levando-o à dependência muito mais rapidamente que os usuários da cocaína por outras vias (nasal, endovenosa).
Logo após a "pipada"seus usuários dizem sentir uma sensação de grande prazer, e intensa euforia e poder. Essas sensações parecem ser tão agradáveis aos seus usúarios que logo após o desaparecimento desse efeito, ele volta a usar a droga, fazendo isso inúmeras vezes até acabar todo o estoque que possui ou o dinheiro para conseguí-lo. A essa compulsão para utilizar a droga repetidamente, dá-se o nome popular de "fissura" que é a vontade incontrolável de sentir os efeitos de "prazer" que a droga provoca. A "fissura" no caso do crack e merla é avassaladora, já que os efeitos da droga são muito rápidos e intensos.
O crack e a merla também provocam um estado de excitação, hiperatividade, insônia, perda de sensação de cansaço, falta de apetite. Este último efeito é muito característico do usuário de crack e merla. Após ao uso intenso e repetitivo o usuário experimenta sensações muito desagradáveis como cansaço e intensa depressão.
Efeitos tóxicos - A tendência do usuário é aumentar a dose de uso na tentativa de sentir efeitos mais intensos. Porém essas quantidades maiores acabam por levá-lo a comportamentos violentos, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento de paranóia. Este efeito provoca um grande medo nos craqueros, que passam a vigiar o local onde estão usando a droga e passam a ter uma grande desconfiança uns dos outros o que acaba levando-os à situações extremas de agressividade. Eventualmente podem ter alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá-se o nome de "psicose cocaínica". Além desses sintomas descritos, o craquero e o usuário de merla perdem de forma muito marcante o interesse sexual.
O crack e a merla podem produzir um aumento das pupilas (midríase), afetando a visão que fica prejudicada, a chamada "visão borrada". Ainda pode provocar dor no peito, contrações musculares, convulsões e até coma. Mas é sobre o sistema cardiovascular que os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode elevar-se e o coração pode bater muito mais rapidamente (taquicardia). Em casos extremos

chega a produzir uma parada do coração por fibrilação ventricular. A morte também pode ocorrer devido a diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração. O uso crônico da cocaína pode levar a uma degeneração irreversível dos músculos esqueléticos.
A cocaína induz tolerância que pode ser observada em todas as vias de administração. Não há descrição de uma síndrome de abstinência quando a pessoa para de usar cocaína abruptamente: ela não sente dores pelo corpo, cólicas, náuseas, etc. O que ocorre é que essa pessoa pode ficar tomada de grande "fissura" desejando tomar de novo para sentir os efeitos agradáveis e não para diminuir ou abolir o sofrimento que ocorreria se realmente houvesse uma síndrome de abstinência.

Saiba um pouco mais... Antes de se conhecer e de se isolar cocaína da planta, esta era muito usada sob a forma de chá. Ainda hoje este chá é bastante comum em certos países como Peru e Bolívia, sendo que neste primeiro é permitido por lei, havendo até um órgão do Governo o "Instituto Peruano da Coca" que controla a qualidade das folhas vendidas no comércio. Este chá é até servido aos hóspedes nos hotéis. Acontece que sob a forma de chá, pouca cocaína é extraída das folhas; além do mais, ingere-se (toma-se pela boca) o tal chá, sendo pouca cocaína absorvida pelos intestinos que começa a ser metabolizada pelo sangue e, indo ao fígado, é, em boa medida, destruída antes de chegar ao cérebro. Em outras palavras quando a planta é ingerida sob a forma de chá, muito pouca cocaína chega ao cérebro.