domingo, 13 de abril de 2014

A quem interessa o consumo e o uso de drogas? Será que há algum benefício, alguém ganhando com o consumo e uso das drogas?


-         O consumo de drogas aumenta cada vez mais, mesmo quando se sabe que prejudica a saúde. Como se explica isso?
-         A quem interessa a desgraça dos jovens, que são os maiores consumidores?
-         Queremos trazer aqui algumas respostas a estas perguntas, e veremos que nem todo mundo, ou todas as pessoas estão interessadas e trabalhando por um mundo sem drogas, sem violência, sem dor.
-         Veremos que este é na verdade um problema moral que tem raízes socais, onde estão envolvidos os interesses de uma classe dominante. Pessoas que buscam além do seu próprio prazer e lucro para si também o poder e controle sob os seres humanos.

1.     Aspecto Pessoal:

O uso de drogas vem aumentando assustadoramente entre jovens e adolescentes da sociedade atual. Tal afirmação já não é mais novidade e muito menos requer grandes testemunhos, evidências, ou exemplos concretos. Basta simplesmente, que visitemos um dos centenas de centros de recuperação de alcoólicos e drogados que existem ao nosso redor.
-         Qual seria a razão de tantas pessoas, na flor da idade, comprometerem tão negativamente suas vidas? Entregarem-se tal facilmente ao vício.
-         Três razões básicas poderemos citar, entre outras:
-         1. Falta de motivação na vida (vazio de valores);
-         2. Deficiência na estrutura social (desemprego, injustiças sociais);
-         3. Falta de comunicação ou, na verdade, de seriedade em comunicar o grande e poderoso perigo que representam o uso e o consumo de qualquer tipo de drogas.
Segundo pesquisas realizadas nos últimos anos sobre o uso de drogas, o fator determinante do vício, de procura pelas drogas, é o desejo de liberdade, de prazer. Um elemento presente em todos os drogados é a sensação prazeirosa  (inicial) de extremo poder, imediato, quando sob efeito da droga.
-         “Eu me achava invunerável, inatacável quando usava drogas. Achava que a polícia nunca me pegaria. Pensava que poderia fazer o que quisesse que nada aconteceria. Acreditava ser superiorà morte”, declarou um drogado. Neste testemunho podemos constatar a enorme fantasia de poder e a invulnerabilidade da pessoa drogada.
- As pessoas que não conseguem realizar seus sonhos, muitas vezes
se voltam para as drogas, para realizá-los no seu mundo imaginário: “Sentia meus pensamentos muito velozes. Achava que não tinha problemas, porque era muito sadio, feliz, auto-suficiente, alguém poderoso”. Tal testemunho mostra como a droga serve aos poderosos, que querem que o povo tenha uma vida miserável, e ainda assim se veja como saudável e poderoso. Os drogados se tornam, com o passar do tempo e uso, robôs e marionetes dizendo “amém” a todas as restrições impostas, contanto que tenham garantido o seu mundo de fantasias.

2. ASPECTO SOCIAL:

         No aspecto social, o uso de drogas é uma forma de se manter no poder. Há um enorme interesse por parte do poder sócio-econômico em manter o povo completamente alienado, na idéia de que está “tudo bem”, “tudo jóia”, através do  incentivo do uso das drogas, da bebida. O viver se torna mais agradável, em especial com os amigos, do jeito que o diabo gosta.
         É interessante notar que o abuso de drogas se dá pela juventude, justamente os que ainda não se corromperam totalmente pelo poder sócio-econômico e que seriam os mais aptos a denunciar e se opor a toda injustiça, corrupção e pressões sociais e econômicas da sociedade atual.
         O povo, oprimido por leis injustas que só favorecem aos que têm dinheiro e poder social, numa atitude de fuga, acaba incorrendo no erro das drogas.
         Para garantir essa situação, há uma conspiração no sentido de incentivar o uso de drogas através dos meios de comunicação social, rádio, tv, revistas, jornais, filmes, livros.

3. ASPECTO MORAL:

A moral deve denunciar todos os fatores de extensão do fenômeno da droga em nossa sociedade. Atualmente, tanto na família, como na sociedade, não se tem mais tempo para a comunicação, a solidariedade , a liberdade, o respeito pela pessoa e pela vida. A insensibilidade a esses valores cria um clima favorável ao vício da droga.
É condenável moralmente o uso da droga, pois representa uma deterioração da saúde física e psíquica da pessoa, com a perda da liberdade e da autonomia. Ela afeta o desenvolvimento normal, prejudicando o aprimoramento de suas potencialidades. É um paliativo e não ajuda a pessoa a enfrentar e superar seus problemas de maneira consciente. A droga atinge a dignidade humana e representa um atentado contra a vida.
Quanto ao viciado, não podemos condená-lo moralmente, a princípio, pois é mais uma vítima de um sistema sócio-econômico-político que o leva a consumir drogas, do que alguém que faz uma busca livre e consciente. Devemos traçar um juízo moral sobre o tráfico de drogas que, no sistema vigente, é ótima fonte de renda. Muitos enriquecem pela desgraça da vida de outros. O próprio sistema se utiliza da proliferação das drogas como meio de neutralizar a potencialidade, o vigor da juventude para que não utilize esta força em vista de uma transformação crítica da sociedade. O tráfico de drogas é mantido na clandestinidade e os governos fazem questão que assim permaneçam, pois são os grandes beneficiados.
A nível social, é tarefa da moral denunciar as situações que levam as pessoas a buscar as drogas. É condenável todas situação que marginaliza a pessoa, não permitindo sua realização pessoal. Devemos encontrar meuios para eliminar a questão das drogas pela raiz, mantendo um controle rígido sobre elas e possibilitando, a cada pessoa, a sua realização pessoal, criando condições para que ela viva numa sociedade justa, fraterna e igualitária.

4. ASPECTOS ESPIRITUAIS:

Se todas as drogas matam, logo elas não vem de Deus e nem levam à Deus. Elas escravizam o ser humano, viciam, criam dependência. Enganam, destróiem não só a área física/orgânica, mas também a social e econômica. O dependente normalmente se afasta ou perde sua família. Não mais trabalha e nem busca viver de forma harmoniosa com sua própria existência e para a qual ele foi destinado a partir de Deus. De ter e viver uma vida em abundância, integral e realmente plena. As drogas afastam o homem de Deus, o tornam um semi-deus, fazendo com que o homem ignore totalmente sua posição de criatura, frágil e dependente do criador. Elas não aproximam e nem promovem a vida, a comunhão com Deus, pelo contrário.

Portanto, drogas num sentido geral nada mais é do que uma manifestação concreta dos sintomas da pecaminosidade humana. E como todo pecado nos separa de Deus, nos leva a morte, logo carecemos de um salvador. Que não só nos liberte de toda e qualquer droga, mas que nos capacite e nos possibilite a vivermos nossa vida, em meio a esse mundo corrompido e drogado, livre e longe das drogas. Independente dela, de forma sóbria e conscientes de nosso papel de sermos sal e luz num mundo em trevas.

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